Morreu Steve Irwin, o "caçador de crocodilos"
Steve Irwin, o destemido e comunicativo apresentador australiano de programas e documentários sobre vida selvagem, mais conhecido como o "caçador de crocodilos", morreu hoje, aos 44 anos de idade, depois de ter sido atingido no coração pela cauda de uma raia.
A estrela da televisão estava a filmar uma nova série na zona remota de Batt Reef, na costa nordeste australiana, quando foi atingido pela cauda de uma raia, avança um comunicado do Australia Zoo, um espaço dedicado aos animais de que Irwin era proprietário.
A equipa que acompanhava Irwin no seu barco, o "Croc One", chamou os serviços de emergência, que tentaram reanimar o apresentador no local e durante o seu transporte de helicóptero para uma unidade hospitalar. A sua morte acabou por ser declarada cerca de uma hora depois do incidente.
De acordo com Bryan Fry, director da Australian Venom Research Unit, uma unidade de pesquisa de substâncias venenosas, na Universidade de Melbourne, a picada de uma raia "é extraordinariamente dolorosa, mas os casos mortais são muito raros". O responsável explica que o veneno libertado pela raia funciona como uma arma de defesa não-letal, mas as farpas que compõem a cauda do animal, e que podem atingir 20 centímetros, são as responsáveis pelas mortes registadas. "O problema não é quando entram, é quando saem", provocando lesões muito graves no corpo da vítima, esclareceu Bryan Fry.
Irwin sabia os riscos que corria no trabalho, mas os seus desempenhos destemidos e excêntricos com animais perigosos, nomeadamente com crocodilos, que ficariam registados em várias séries televisivas e no filme "Crocodile Hunter" (2002), de John Stainton, pareciam negar essa consciência.
A sua carreira ficaria marcada por um episódio bizarro, que provocou uma grande polémica em 2004, quando se aproximou de um crocodilo de quatro metros de comprimento com o seu filho Bob, recém-nascido, nos braços. Justificaria depois o seu acto com a necessidade de desmistificar os perigos da natureza.
Nascido em Melbourne, no sudeste da Austrália, cresceu entre répteis criados pelos seus pais numa propriedade em Queensland. Em jovem, oferecia os seus serviços de recolha de crocodilos em zonas habitacionais onde os animais procuravam refúgio. Era casado e pai de dois filhos, de três e oito anos.
3 comentários:
6:11 da tarde
Gran perdida, para la humanidad y los animales.
11:02 da manhã
Previsivel...bastava ver o seu comportamento de chico esperto frente a animais perigosos! Só para se armar ao pingarelho...
2:45 da tarde
Uma perda importante n fazia mais k o seu trabalho... E acima de tudo era bem disposto.
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