Sexão: Investigadores procuram «Viagra aperfeiçoado»

Uma investigação em ratos visando perceber melhor certas causas da disfunção eréctil nos humanos integra um grupo de 55 trabalhos científicos que a Universidade do Porto (UP) vai apoiar financeiramente, disse esta quinta-feira fonte da instituição, escreve a Lusa.
Os 55 trabalhos serão apresentados pelas próprias equipas de investigação, que integram alunos em pós-graduação, durante uma cerimónia a realizar quarta-feira na Reitoria da UP.
Cada equipa de investigação beneficiará de um apoio de 5.000 euros, concedido pela universidade e por uma instituição bancária.
A investigação sobre a disfunção eréctil é coordenada por Delmina Magalhães, do Laboratório de Biologia Celular da Faculdade de Medicina do Porto.
Esta responsável disse à Lusa que a sua equipa criou três modelos de rato com propensão para disfunção eréctil, um idoso, outro com diminuição das hormonas masculinas circulantes e um terceiro diabético.

Estudo pode abrir caminho a «um Viagra aperfeiçoado»
Ainda que seja «prematuro» extrapolar conclusões para os humanos, «muito mais para fins terapêuticos», a investigadora admite que este estudo em ratos «faculta o esclarecimento dos mecanismos moleculares da doença e abre perspectivas para a forma adequada de a prevenir e tratar».
Poderá mesmo ajudar a descobrir um novo tipo de inibidor da enzima - uma espécie de «Viagra» aperfeiçoado - cuja toma «continuada e sustentada» poderia prevenir os três tipos de disfunção eréctil em avaliação no estudo.
A disfunção eréctil, que afecta 150 milhões de homens em todo o mundo, é definida como a incapacidade persistente em obter ou manter uma erecção suficiente para permitir um desempenho sexual satisfatório.
Está fortemente associada a outras patologias, tais como diabetes, hipertensão e hipercolesterolemia, assim como ao envelhecimento e deficiência androgénica (testosterona). A disfunção eréctil pode ter várias origens, sendo consensual que a de matriz vascular (vasculogénica) é predominante.