Megafonix2: Para estes não há legislação repressiva?
O coordenador do Gabinete Permanente de Acompanhamento e Apoio aos Fogos (GPAA) da Polícia Judiciária, Pedro do Carmo, disse, esta terça-feira, que há uma «elevadíssima» percentagem de indivíduos identificados como autores de fogos florestais que são reincidentes.
Sem querer pronunciar-se sobre decisões judiciais, Pedro do Carmo, Director Nacional Adjunto da directoria de Coimbra, disse à agência Lusa que a reincidência no crime de fogo posto deve ser tida em conta nas medidas de coação emanadas pelos tribunais.
O director Nacional Adjunto da PJ adiantou que desde o início do ano foram abertas 700 investigações a casos de fogo posto, que levaram já à detenção de 30 pessoas.
Entre as 30 detenções, 10 indivíduos ficaram em prisão preventiva e 20 com medida de coação de apresentação periódica às autoridades. De acordo com o coordenador do GPAA, a situação verificada este ano é «sensivelmente idêntica» à registada durante o ano passado.
O perfil do incendiário mantêm-se inalterável, acrescentou a fonte, adiantando que os autores de fogo posto são normalmente homens, com idades entre os 20 e os 50 anos, desempregados, com baixo nível de escolaridade e consumidores de álcool.
Os autores actuam sem motivação definida, muitas vezes apenas com o desejo de provocar agitação, referiu Pedro do Carmo, adiantando que são poucos os casos de autores de fogo com doença psiquiátrica.
O último relatório sobre incêndios divulgado pela Direcção-Geral dos Recursos Florestais (DGRF), que compreende o período entre 01 de Janeiro e 15 de Agosto, indicava o registo de 19.195 ocorrências (distribuídas por 2.402 incêndios florestais e 16.793 fogachos), responsáveis por 33.164 hectares de área ardida.
Das 19.195 ocorrências, 6.805 registaram-se na primeira quinzena de Agosto, «representando um acréscimo de 2.859 ocorrências face ao valor médio para o mesmo período», segundo o relatório.
O maior número de fogos aconteceu no distrito do Porto (4.354), seguindo-se Braga (2.637) e Aveiro (1.856), que perfazem 46 por cento do total de ocorrências. Contudo, o distrito de Braga foi onde se verificou a maior área ardida (6.940 hectares), seguido por Viseu (5.146 hectares) e Porto (5.024 hectares).
2 comentários:
4:15 da tarde
Pois e pena que ali nao andem atrás deles para lhes baterem etc etc
4:42 da tarde
a esses era po-los a arder com o fogo. estamos num país interresante, não haja dúvida...
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