MEGALupa2: Reportagem do Jornal de Notícias sobre os Super Dragões por altura da crise na noite portuense
A imensa prevalência do azul sobre todas as outras cores nunca deixaria ninguém enganado, mas até um cego veria que ideológico tipo de café aquele é. Farrapo do sábado da semana passada, duas horas ainda para o FCP-Aves, já o SLB entrara em campo para a Taça. Diz um "E os lampiões, sabes como é que estão?". Diz curto, o outro, grosso: "Achas? Só me interessa se forem cucaralho". Não foram: o Benfica eliminou o Feirense com um golo de Cardozo. E eles continuaram a passarinhar cerveja e a ver Ronaldo dar mais um ao Manchester - é verdade, a aposta mantém-se: se marcar 20 vezes neste campeonato, Ferguson vai ter que rapar o seu sereno cabelo de sir, relembrou Ronaldo, que já marcou 17.
Ali é o Lagoa Azul, imediações do Estádio do Dragão, um cafézito de mesas metálicas, perfumado a panados, onde há sempre Super Dragões. Nas paredes pintadas de mitografia há uma, atrás do balcão, que parece que salta tem um papal Pinto da Costa, olhos pastorais apanhados, um colossal carão no meio da parede, dez palmos de altura a encarar o cliente.
A representação é muito mais do que essa força pictórica; é uma rememoração permanente de quem lhes deu 15 campeonatos em 25 anos, uma taça da UEFA, dois campeonatos da Champions. "Devemos tudo ao Pinto da Costa. Por ele mato e morro, metaforicamente falando, claro", diz de caras Fernando Madureira, memorável líder dos Super Dragões - 31 anos, feições de senador, tez bem tratada, lóbulos Swarovski -, a quem eles chamam meigamente Macaco.
Bilhetes à mão dos adeptos
Desde há duas semanas que ali, no menos que idílico Lagoa, paivantes no perímetro, se distribuem bilhetes aos Dragões da claque, dois mil por cada jogo em casa. Não é a única fonte de rendimento da claque há ainda as quotas anuais (15 euros) e a venda de merchandising e material em cerúleo celeste. A claque já teve uma dúzia de lojas; hoje sobram quatro, uma no estádio, as outras em shoppings.
São essas as receitas. Os gastos compreendem o material coreográfico que inunda núcleos e bancadas, e ainda as deslocações de autocarro, sempre gratuitas para os Super Dragões, excepto no jogos com os grandes. Mas o preço é sempre em conta para hoje, na migração a Alvalade, afectuosamente designada pelo núcleo de Ermesinde como "Deslocação à Lagartolândia" - o chefe de núcleo é o Hélder, um tipo teso de olhos bondosos, miúdo como Miccoli -, fica tudo por 30 euros.
O Porsche é cobiçado
E o Porsche do Macaco? - pergunta quem cobiça de fora. O Porsche do Macaco, uma bela berlina de prata, Boxter S, 'hard top', todos os extras, foi comprado em segunda mão. É dele, não é da claque. E os negócios privados? São isso, privados o 12, fino café frontal à Afurada, marginal portuense do Douro; padaria Pão Quente, na Ribeira; e exploração em aluguer dos campos 'indoor' Gaia Soccer.
"Raça. Quero ouvir raça!"
Como no "Lagoa Azul", filme de Kleiser de 80, Brooke Shields adolescente e desnuda, a história dos Super Dragões é uma história de amor natural, integral. No Dragão têm sempre dois mil lugares reservados, Porta 8, sectores 9 e 10; é evidente que vêem os jogos permanentemente postos de pé, 90 minutos de hinos - "Raça! Quero raça", grita o Macaco, mestre em MC, sempre sacrificado de costas para o campo, a puxar pelos pulmões da claque. Ali, onde cheira a erva e a relva, tudo parece funcionar em família, num ambiente patusco, ricos e pobres, Ribeira e Foz , Cinfães abraçada ao Cerco, a 3.ª Vaga e a Nortada, os valentes de Ermesinde na força da garganta. Há muitas mulheres, há crianças, fuma-se desabridamente, exalta-se os azuis; entoam-se trovas contra o SLB.
Quantos são? Eles dizem ser 2300 - registo da associação de adeptos recentemente criada pela exigência da nova lei -, esticam-se acima dos quatro mil nas épocas de glória, mas a Wikipédia assegura que são uns 10 mil. "Mas o SLB também não diz que eles são seis milhões?", pergunta a retórica Sandra, mulher de Madureira, mulher vistosa, dez unhas pontudas, camisola 'tigresse'. É ela, uma mulher de família, mãe de duas meninas, que segura o saco das contas do clube azul, aponta tudo em sebentas; o capital contado nos intervalos da bola.
Têm uma nova direcção os Super Dragões, já comunicada aos associados Madureira é o presidente; Sandra assume o conselho fiscal; Israel Bimbas preside à assembleia-geral; os vices são Filipe Pipo, Anibal Vidraças e o Hélder de Ermesinde.
Violentamente parciais
Pela teoria da rotulagem, os Super Dragões são indivíduos categorizados, basta que assim seja um e recai sobre todos eles o estigma marginais, vândalos, violentos, têm a droga da palavra grossa na ponta da língua. Insultam, roubam, são temidos, são bandidos. São estes os Super Dragões, a claque de apoio ao Futebol Clube do Porto, a maior de Portugal? Só na visão estigmatizada, naquela em que desacreditamos as suas acções para as encaixar na nossa expectativa. O que é o pior que eles têm: o pecado de serem violentamente parciais, de serem francos e frontais - e de pensarem pela própria cabeça.
SUPER QUEEENS
Rimou pela primeira vez nas Antas em 1996 a consonância usada desde então como lema das Super Queens "Faixa não há, mas nós estamos cá". Por que nasceu a facção feminina dos Super Dragões (16%, e a aumentar) de uma negação? "É a forma de nos afirmarmos; não usamos faixas porque não nos revemos nelas", aclara Xana, histórica líder do flanco que cunha a comparência pela moderação. As outras diferenças relativas aos homens de estádio - habitualmente mais vezeiros no verbo da injuriosa gesticulação - também não são de monta. "Somos um núcleo como os outros; não somos uma claque à parte", clarifica Xana, 32 anos, licenciamento em Desporto. "E temos uma só bandeira e um só estandarte". Assim mais expostas na bancada, de pé como eles, em tudo o resto as Queens clamam por igualdade. "O que nos juntou foi a necessidade de nos organizarmos. Mas aqui as mulheres são livres de ver os jogos onde quiserem". Naturalmente mais práticas, precavidas, é nas viagens que lhes ressai a diferença. "Sim, aí já não somos bem como eles: não só levamos melhores farnéis como os nossos autocarros acabam sempre por regressar mais limpos. E normalmente não andamos à porrada".
DANIEL SEABRA: "É abusivo associar uma claque a um gangue"
Licenciado em Antropologia pela Universidade Fernando Pessoa, mestre pela Universidade do Minho, Daniel Seabra, 39 anos, é um dos maiores especialistas do país sobre a claque Super Dragões, que investiga há 16 anos.
"A claque é um campo social onde se reproduz, num contexto mais favorável, a delinquência que já é praticada no quotidiano". O antropólogo Daniel Seabra alerta para as generalizações e ajuda-nos a perceber o fenómeno Super Dragões.
A identidade dos Super Dragões está intimamente ligada à identificação com a cidade do Porto. Mas constrói-se também pela depreciação do adversário. Como funciona esta dualidade?
A exaltação do clube tem no discurso de exaltação da cidade do Porto, por oposição ao Sul, um dos seus principais elementos. O discurso de diferenciação relativamente a Lisboa não é novo no clube e nem sequer foi inaugurado por Pinto da Costa ou José Maria Pedroto. Não deixa de reproduzir um discurso identitário que encontramos já no final do séc. XIX e início do séc. XX, por exemplo, nas palavras de Basílio Teles e Raul Brandão. Esse discurso tem profundidade histórica, sendo obviamente exacerbado no futebol.
Mas a exaltação é feita também pela depreciação do adversário.
Exactamente. É feita também pela diferença, apoucando, desprestigiando e, nalguns casos, desqualificando mesmo o adversário a nível sexual, por exemplo. Há uma complementaridade: a auto-exaltação e a depreciação do adversário.
Esse discurso de identidade negativa – os cânticos insultuosos – o que significa?
Muitas vezes aquilo que pensamos que é real, é real nas suas consequências. Muitos adeptos do Porto vêm no Benfica o clube do Estado Novo que ganhava, não exactamente pelo seu mérito, mas pela protecção que gozava por parte das estruturas de poder sedeadas em Lisboa. Essa representação existe – e não estou a julgar a sua justeza ou a concordar com ela – e tem as suas consequências ao nível do discurso da claque. Esses cânticos, sobretudo os que são dirigidos ao Benfica - entendido como o principal adversário -, são evidentemente indesejáveis, reprováveis e inaceitáveis. Mantêm-se porque se inserem numa lógica de depreciação do principal adversário.
Inscrevem-se, de alguma forma, num clima de lei própria, temporária, que só existe durante o período do jogo?
Essa questão é pertinente porque o futebol decorre num espaço específico, durante um tempo específico e tem um conjunto de práticas codificadas, sendo por isso o futebol um dos grandes rituais da era moderna. Mas os insultos não são exclusivos das claques. Os insultos ao árbitro ou jogadores adversários são também usuais nos outros adeptos. A diferença é que quando um insulto é feito em coro tem outra força e o efeito de choque é maior. Apesar de chocantes e reprováveis, repare que os cânticos insultuosos nunca são maioritários. Já os contabilizei e, num jogo regular em que a claque entoa cerca de 50 a 70 cânticos, os de carácter insultuoso não passam de 5% a 10%. A grande maioria dos cânticos é de apoio à equipa. A excepção dá-se num Porto-Benfica. Neste, os cânticos insultuosos podem chegar a 30%. Mas tudo isto deve ser visto, sempre, dentro do carácter específico dos jogos.
Apesar da sobrevalorização da masculinidade dentro das claques, a presença de mulheres tem crescido. Nos SD é já de 16%. A que se deve o aumento?
Esse crescimento não pode ser desvinculado das transformações que ocorrem na sociedade e que se traduzem numa menor diferenciação entre os géneros na esfera do lazer. O próprio desempenho da claque é também motivador para as jovens mulheres. Para além de participarem no espectáculo, elas são um elemento de convívio e sociabilidade nas claques (fazem-se amigos, há namoros, há quem case). Não surpreende que as mulheres se sintam mais motivadas a participar. Fundaram mesmo um núcleo - as Super Queens.
Uma maior presença de mulheres leva à diminuição de violência ou esta leitura é abusiva?
Essa relação não é linear. No entanto, é uma leitura pertinente. Essa é uma das hipóteses do grupo de sociólogos da universidade de Leicester que estuda o Hooliganismo. A presença das mulheres é vista como elemento de pacificação nos estádios. Desconheço estudos que o demonstrem claramente. Mas a hipótese é pertinente.
Nos SD os partidos políticos mais representados são o PS (22,1%) e o PSD (19,8%), havendo depois dois extremos: Bloco de Esquerda (9,2%) e Partido Nacional Renovador (7,6%). Como lê estes números?
No PS e no PSD, os Super Dragões são um espelho do panorama no país. Os outros dois partidos estão sobre-representados. Aqueles que se identificam com o PNR não são necessariamente skinheads. Mas o discurso nacionalista e xenófobo está presente. No entanto, é inaceitável considerar que as claques são um bando de nazis. Inaceitável e os dados infirmam isso mesmo.
Mas como interpreta a presença elevada, em comparação com o quadro do país, de adeptos de extrema direita?
Dentro desses há distinções a estabelecer. Há nacionalistas e xenófobos e, neste caso, o que está presente é o discurso do perigo da emigração que usurpa o emprego dos portugueses e a perda de identidade em consequência da crescente integração europeia. Os racistas são em muito menor número. São muitíssimos mais os que condenam radicalmente o racismo, assim como a xenofobia. Não esqueçamos que, nos Super Dragões, a percentagem de membros que simpatiza com o BE é superior aos que se identificam com o PNR.
Esses dois extremos convivem pacificamente
Sim. Ao contrário do que certamente alguns esperariam. Esse é mesmo um discurso instituído pelos líderes da claque. Não lhes interessa saber de que partido ou de que religião são os elementos do grupo; o que lhes interessa é que venham apoiar activamente o FC Porto. Nunca vi, em 16 anos, qualquer tipo de incidente deste tipo.
Os actos de vandalismo e violência, antes e depois dos jogos, têm também diminuído, mas ainda existem. Como os interpreta?
Há situações muito concretas, como os roubos nas áreas de serviço. Muitos deles acontecem dentro do contexto específico do grupo. Rouba-se por diversão, rouba-se para se ser integrado, quase para não se ficar mal visto no colectivo. Esses são os pequenos furtos. Existem depois outros, já roubos mais sérios, com ameaça de integridade física e que já envolvem valores elevados. Muita dessa actividade é a reprodução, dentro da claque, de práticas de delinquência quotidiana. Portanto, a claque é um campo social onde se reproduz, sob a ilusão do anonimato, e num contexto mais favorável, a delinquência que já é praticada. Isso acontece também relativamente à violência.
Dentro da marginalidade há ainda o tráfico de droga. Pôde observá-la no interior dos SD?
Não. No seio das claques que investigo nunca vi indícios de tráfico. Isto não significa que alguns membros das claques, eventualmente, no seu quotidiano, não sejam pequenos dealers ou traficantes. Mas não tenho indícios de que dentro das claques ocorra tal actividade. De resto, desde a década de 90, as claques estão debaixo de grande vigilância por parte das Brigada Anti-Crime.
Mas já observou certamente, consumo de droga, nomeadamente de haxixe, no interior dos estádios…
Sim, isso é indesmentível: há quem fume erva e haxixe. Nem eu o pretendo negar. Nem os elementos da claque o negam.
É abusivo considerar as claques “escolas de crime” ou “guarda-chuva de ilegalidades”?
Completamente. A frase “guarda-chuva de ilegalidades” é um princípio generalista que ainda não vi operacionalizado.
Mas a frase já foi usada pela polícia…
Sim. A polícia terá dados que eu não tenho. Mas acho plausível que um grupo com aquela dimensão em termos demográficos possa constituir uma rede social favorável a actividades eventualmente ilícitas. Mas alguns membros não não legitimam a estigmatização de todo um grupo.
Já foram também feitas, mas ainda não provadas, associações entre os SD e a guerra de gangs da noite do Porto. Qual é a sua perspectiva?
É um facto que alguns dos detidos pela polícia na “Operação Noite Branca” frequentavam os SD. Frequência essa irregular e esporádica nalguns casos. Um dos detidos – Bruno Pidá – já não o via lá há muito tempo. A única ligação que consigo estabelecer, honestamente e sem especulação da minha parte, é a presença na claque. Novamente, acho abusivo associar uma claque a um gang. É verdade que houve essa presença e isso foi noticiado. Mas o que não é noticiado – e isso era interessante – é, por exemplo, o número de elementos dos Sd que todos os anos concluem a sua licenciatura. Quanto à suposta associação que referiu não se pode tomar a nuvem por Juno. É uma generalização abusiva, gratuita e especulativa.
O núcleo duro dos SD está na Ribeira, como diz Fernando Madureira?
Em parte sim. Esse núcleo tem peso, sobretudo em desempenhos de agressividade. Mas essa ligação que é feita entre a direcção da claque e o núcleo da Ribeira, de onde Madureira é originário, tem que ser lida num contexto de posicionamento numa lógica de afirmação da Ribeira no seio da claque e da gestão das impressões que este núcleo pretende causar.
Qual é o peso real do núcleo da Ribeira?
É o núcleo que marca uma presença forte em termos de número de elementos, sobretudo nas deslocações tradicionalmente mais difíceis e em que, às vezes, há confrontos. Aí a Ribeira manifesta a sua força e está em peso. Mas a Ribeira tem que ser reposicionada no peso relativo que tem no grupo. Quando eles vão todos à Luz temos que ver também que estão integrados num grupo que chega, por vezes, a atingir três mil elementos ou mais.
Os SD são também como o Porto quando dizemos que a cidade é um somatório dos seus bairros?
Exactamente. Esta cidade tem mais de 40 bairros sociais e são bastantes os que estão representados. Depois há ainda os núcleos formados em círculos de amizades.
Lei exige revelação de dados pessoais
Para obterem registo, as claques têm, em primeiro lugar, que ser reconhecidas pelo clube que apoiam. O passo seguinte é constituírem-se como associação de adeptos num notário, enviando seguidamente a documentação solicitada por lei para o Instituto do Desporto de Portugal, que procederá ao respectivo registo.
É a revelação de dados de âmbito pessoal que se apresenta como uma das primeiras questões polémicas da lei n.º 16/2004, de 11 de Maio, cujo artigo 18.º impõe que "os grupos organizados de adeptos devem possuir um registo organizado e actualizado dos seus filiados". Que informação é exigida? Nome, fotografia, filiação, número do bilhete de identidade, data de nascimento, estado civil, morada e profissão.
A declaração desses dados é pacífica? Aparentemente não - e são já diversas as claques que experimentam forte resistência dos seus adeptos na revelação desses dados, desde os Super Dragões à Mancha Negra (Académica de Coimbra), passando pela Fúria, do Belenenses. Um exemplo qual a relevância da profissão ou do estado civil do adepto para que possa apoiar a sua equipa no local designado no estádio? No entanto, para se constituírem como associações, as claques são obrigadas a apresentar os dados pessoais dos filiados ao clube que apoiam e ao Conselho Nacional contra a Violência no Desporto. Não o fazendo, os clubes não as poderão apoiar, estando sujeitos a penalizações caso o efectuem.
A legalização das claques é defendida como a única forma de permitir às autoridades distinguir imediatamente adeptos comuns de supostos hooligans ou fomentadores de violência.
Há um segundo efeito perverso na lei - para lá da eventual violação do direito de protecção de dados a organização grupal poderá desencadear um processo de fragmentação das claques em pequenos grupos de pessoas não identificadas, e em estilo casual, que, assim, poderão circular livremente no exterior e interior dos estádios.
Novos aspectos porque são algumas claques impedidas de colocar faixas identificativas do grupo? Porque se restringe a entrada aos seus membros com cachecóis se existem apoiantes ditos normais que usam os mesmos cachecóis?
Para lá da responsabilização directa dos dirigentes das claques sobre as acções dos seus associados, um outro aspecto promete polémica. Quem se deslocar em grupo para o estádio - uma família por exemplo - e for atacado por um grupo de adeptos, não se deverá defender, porque a participação em rixa é punível com 1 a 5 anos de prisão (art. 23.º).
O anteprojecto lei proposto pela secretaria de Estado, que aguarda parecer do Conselho Nacional contra a Violência no Desporto, prevê que os clubes que apoiarem claques não registadas correm o risco de ter que efectuar jogos à porta fechada.