Futilidades2: Belmiro de Azevedo contra a presença de clubes na Bolsa

Belmiro critica presença de clubes na bolsa
Belmiro de Azevedo não concorda com a presença de clubes de futebol na bolsa. À margem do lançamento de um livro na Liga de Clubes, o dono da Sonae recordou que os clubes são empresas que têm «acções a subir e a descer».
O empresário Belmiro de Azevedo afirmou, na quarta-feira, não perceber como existem clubes de futebol que estão cotados na Bolsa de Valores, uma vez que as empresas aí cotadas têm de ser transparentes.
«Qualquer empresa em bolsa tem de ser transparente, reportar em tempo e tem de ter um valor que progrida e que o seu comportamento seja previsível. Não pode ser uma empresa com acções a subir e a descer e que qualquer boato as faz subir e descer», defendeu.
À margem do lançamento de um livro na Liga de Clubes, o "homem-forte" da Sonae lembrou que uma empresa cotada em bolsa tem «obrigações fundamentais», que vão desde se saber «quem cria emprego, quem cria riqueza, quem reforça, como se investe e que dinheiro se investe».
«Não me pergunte se o António, o Manuel e o João cumprem. Só lhe digo que nós cumprimos», afirmou o portista Belmiro de Azevedo, que foi sondado há alguns meses por Pinto da Costa para ser presidente do FC Porto.
Sobre encaixe financeiro de 30 milhões de euros assegurado pelo FC Porto com a venda do central Pepe, Belmiro de Azevedo não se mostrou muito impressionado com este facto até porque questionou «como se chegou» a este encaixe. «O encaixe financeiro é bom quando se concretizar e se souber quanto é. O problema da governação dos clubes em geral é saber quantos clubes em Portugal neste momento têm uma situação confortável?», questionou.
Belmiro de Azevedo colocou também de lado lançar uma OPA sobre o clube portista, tal como o empresário Joe Berardo fez sobre o Benfica a 15 de Junho, quando ofereceu 3,5 euros por cada acção do clube, oferta que foi considerada baixa pela SAD encarnada.