quarta-feira, abril 04, 2007

Bofialog2: Videovigilância ineficaz nos estádios de futebol

O sistema de videovigilância do Estádio da Luz não permite fazer a identificação dos adeptos que arremessaram petardos e cadeiras para o andar inferior do estádio durante a partida entre o Benfica e o F. C. Porto. A situação parece estender-se à generalidade dos estádios, pois em Portugal nunca as autoridades conseguiram fazer uma identificação positiva de adeptos responsáveis por distúrbios durante espectáculos desportivos. Isto apesar de ainda antes do Euro 2004 todos os novos estádios terem sido aparentemente dotados das mais modernas tecnologias nesta matéria.
O arremesso de objectos por parte de adeptos alegadamente ligados aos Superdragões continuou ontem a marcar a actualidade. Fontes do Benfica garantem que não é possível efectuar a identificação porque a qualidade das imagens não o permite e que talvez por isso a polícia ainda não tenha pedido para efectuar o visionamento. As forças políciais, no entanto, dizem que já observaram as gravações e que só as imagens de "zoom" tornam a identificação difícil, atirando para expedientes utilizados pelos adeptos a dificuldade na identificação (cachecóis em torno da cara e vários cúmplices à volta). No entanto, o sistema de vídeo da Luz corresponde ao exigido pela lei.
Os encarnados, baseados em pessoas que testemunharam a entrada dos adeptos portistas no estádio, sustentam igualmente que a PSP incentivou simpatizantes e pessoas das claques a saltarem as barreiras de segurança e vários torniquetes dada a elevada aglomeração existente nesses locais.
Por outro lado, o JN sabe que a direcção e a SAD encarnadas estão pouco ou nada disponíveis a alterar, no futuro, o sítio (bancada superior Norte) escolhido no clássico para acolher os adeptos do clube visitante. O Benfica argumentará que não dispõe de espaço no piso inferior que possa albergar mais de duas mil pessoas. Nesta vertente, a Liga de Clubes passou, em Junho de 2006, a obrigar todos os emblemas a ceder 5% da lotação aos conjuntos opositores. Corre também, no Benfica, a tese que é necessário terminar, de uma vez por todas, a violência nas claques sob o risco de que, se tal não suceder, ser melhor terminar com esses grupos organizados.
As investigações estão a cargo da Divisão de Investigação Criminal da PSP de Lisboa, que está a trabalhar a par da 3.ª Divisão. Ao mesmo tempo está a ser elaborado um relatório sobre os incidentes no estádio, uma rotina em todos os jogos, mas agora com a preocupação também de averiguar se houve uma falha na segurança, tendo em conta que o efectivo policial chegou a ser reforçado, para fazer face ao cenário de risco que constituía o encontro. Em todo o caso, fontes da PSP insistem em que a responsabilidade das revistas está a cargo, por lei, aos "stewards", cabendo à Polícia a inspecção apenas de indivíduos que apresentem comportamentos suspeitos.

comentários:

Anónimo disse...
2:46 da manhã
 

boa! para o ano testaremos essas camaras novamente mas em sentido inverso.