sexta-feira, setembro 15, 2006

MEGALupa: Salários portugueses sobem 3,1% em 2007?

Os salários em Portugal deverão aumentar em média 3,1% no próximo ano, o que perspectiva um acréscimo nos salários reais de 0,7 pontos percentuais, de acordo com um relatório da Mercer HR Consulting, hoje divulgado.
Portugal vai ser um dos países da União Europeia com menor crescimento dos salários reais, apenas à frente da Alemanha e da Hungria, onde os trabalhadores vão perder poder de compra, afirmou Paulo Machado, Partner da Mercer HR Consulting.
O aumento dos salários reais em Portugal tem em conta uma inflação esperada de 2,4% em 2007, adianta o relatório que analisa as tendências económicas, de emprego e salários em 60 países.
Globalmente, os salários devem registar um aumento médio de 5,9%, ou seja, 1,9 pontos percentuais acima da inflação.
Embora o salário médio de quase dois terços dos 60 países analisados deva crescer entre 1 e 3,5 pontos percentuais acima da inflação, o relatório da Mercer revela diferenças significativas nas tendências salariais e da inflação a nível mundial.
Letónia, Paraguai, China, Indonésia e Republicana Dominicana são os cinco países que deverão registar os maiores aumentos reais dos salários em 2007, com variações entre os 6,8 e os 4,8 pontos percentuais, enquanto que os trabalhadores da Alemanha, Hungria, Ucrânia, Argentina e Porto Rico deverão ter uma perda do poder de compra.
Na Europa Ocidental, a Grécia deverá registar, pelo quarto ano consecutivo, o maior aumento salarial médio, cerca de 5%, com a inflação a rondar os 3%.
Os trabalhadores na Irlanda deverão ver igualmente um acréscimo significativo dos salários (4,5%), enquanto que a inflação deverá ser de 2,5%.
No Reino Unido, os trabalhadores podem esperar aumentos na ordem dos 3,6%, com a inflação a 1,9%.
Os níveis salariais em muitos países da Europa de Leste deverão crescer significativamente no próximo ano, com destaque para a Letónia e para a Lituânia que deverão registar aumentos salariais de 11,1% e 7,3%, com uma inflação de 4,3% e 2,8%, respectivamente.
Pelo contrário, os trabalhadores na Hungria podem esperar subidas salariais de 4,8%, abaixo da inflação esperada de 5,5%.
Apesar do crescimento sustentado das economias dos Estados Unidos e do Canadá, a subida dos salários mantém-se estável em ambos os países, com uma subida de 3,7%.
Os aumentos salariais na América Central e do Sul deverão situar-se entre os mais elevados a nível global, apesar destes aumentos serem anulados pelas taxas de inflação elevadas.
É o caso da Venezuela em que os aumentos salariais e a inflação se deverão cifrar em 17,4 e 17,3%, respectivamente.
As diferenças nos aumentos salariais nos países da Ásia/Pacífico deverão ser acentuadas, com os trabalhadores das economias emergentes a receberem maiores aumentos que os seus colegas de países mais desenvolvidos.
Os trabalhadores na Índia e na China, onde as empresas multinacionais continuam a estabelecer as suas operações, deverão ter um aumento salarial na ordem dos 11,4% e 7,2%.
Em Singapura e Hong Kong é esperada uma subida do nível salarial de 4 e 3,6%, respectivamente, acima de uma inflação esperada de 1,9 e 2,1%.
Na Austrália os aumentos salariais deverão chegar aos 4%, com uma inflação de 3,5%.
Os dados do Global Compensation Planning Report 2007 abrangem cinco níveis de colaboradores, nomeadamente operacionais, empregados de escritório, técnicos, gestores e executivos seniores.

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