segunda-feira, setembro 18, 2006

Futilidades2: Televisão feita à medida de cada telespectador

Já pensou o que seria criar uma programação exclusivamente a seu gosto? Os filmes começarem à hora exacta a que lhe apetece vê-los. Não ter de assistir a intervalos intermináveis ou até mesmo interromper a emissão em directo da televisão para recomeçar a ver mais tarde. Parece-lhe ficção cientifica? Pois não é.
A KPN (a operadora de telecomunicações holandesa), em parceria com a Siemens, criou uma solução - Mine -, cujo lema é "uma nova experiência de ver televisão", como frisa Ludolf Rasterhoff, director da área de media e TV da empresa.
Um serviço que, através de banda larga e de uma set-top box, permite que os telespectadores escolham ver os programas dos três canais públicos holandeses dez dias depois de terem sido emitidos. Conseguem também gravar mais de cem horas de programas através de um gravador fornecido pela rede do operador, seleccionar emissões de 60 canais de televisão e 70 estações de rádio, mais de 500 títulos de filmes disponíveis para assistir a pedido e serviço de Internet. Tudo isto à distância dos botões do telecomando.
O projecto vai ser lançado junto dos consumidores holandeses a partir de 1 de Outubro deste ano e são esperados, numa primeira fase, dez mil utilizadores.
Para Chris Coles, responsável pela gestão e estratégia da Siemens Home Entertainment, Portugal está na rota desta mudança e a supremacia da Portugal Telecom, com a TV Cabo, não lhe causa "receio".
"O mercado força-nos a criar mecanismos de inovação", sintetiza Paul Hendriks, responsável pela gestão da banda larga da KPN, mostrando-se confiante no futuro, uma vez que este "é um plano ambicioso, mas realizável. Vai ser bem sucedido e rentável."
A Siemens forneceu à operadora holandesa uma solução de IPTV (televisão através da Internet), que inclui os sistemas de gestão para todas as aplicações, a gestão de direitos digitais e a gestão de subscrições.

É a morte dos anúncios?
Com a possibilidade de o telespectador controlar a sua própria programação, as pausas para anúncios têm a sua morte anunciada. Mas a solução pode integrar publicidade.
Assim, a presença de banners comerciais, tal como nas páginas de Internet a presença de endereços URL, são algumas das propostas encontradas. O factor interactividade vai ser o mais explorado com a criação do "botão vermelho". O utilizador pode, sempre que interessado, escolher a opção de saber mais sobre o produto em questão, ao accioná-lo. A transformação está perto e traz consigo uma nova perspectiva sobre o mercado televisivo.

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