segunda-feira, julho 24, 2006

Sexão: Verão é quando a mulher deixa...

O calor convida a mostrar o corpo e as férias afastam da cabeça as preocupações com o trabalho, ou seja, estão reunidas as condições propícias ao desejo, pelo menos no que às mulheres diz respeito.
Das 5700 inquiridas no âmbito do estudo ‘Amor de Verão’ – realizado em oito países europeus, nos Estados Unidos e no Canadá –, quase metade (47 por cento) disse sentir-se sexualmente mais activa nas férias de Verão, quando está longe da casa.
Os dados não reflectem ainda as respostas de 600 mulheres portuguesas entre os 16 e os 34 anos que apenas este ano integraram a investigação, da responsabilidade da empresa farmacêutica Organon. Não há, contudo, razão para acreditar que, ao contrário das francesas ou das espanholas da mesma idade, as portuguesas não dêem mais importância à intimidade física e sexual durante o tempo quente e de ócio.
Um quarto das inquiridas afirmou igualmente sentir-se sexualmente mais atraente, sentimento a que não é alheia a referida maior disposição para o sexo. Neste contexto, a má notícia é a falta de atenção e a possibilidade acrescida de ‘deslizes’ no capítulo da contracepção.

FALTAS GRAVES
Segundo a mesma pesquisa, embora o interesse pela intimidade sexual aumente no período das férias, a esmagadora maioria – 84 por cento – das mulheres não presta mais atenção do que é habitual à contracepção. Uma em cada seis disse mesmo ter tido relações sexuais não protegidas com o companheiro, quando a gravidez não estava nos planos.
Sentir maior disponibilidade para o sexo levou 19 por cento das inquiridas a manter relações ocasionais, de uma noite. Destas, 15 por cento dispensou a contracepção e 25 por cento não acrescentou ao método contraceptivo habitual qualquer protecção contra doenças sexualmente transmissíveis.
Um estudo recente da Sociedade Portuguesa de Ginecologia revelou que uma em cada seis adolescentes portuguesas tem uma vida sexualmente activa, sem que isso implique o uso de qualquer tipo de contracepção.
Permitiu ainda concluir que a pílula é o método de contracepção mais usado pelas mulheres – 83,3 por cento das 3800 inquiridas, que, no entanto, nem sempre a usam da melhor forma. A maioria reconheceu ter-se esquecido de tomá-la pelo menos três vezes por ano.

LATINAS SÃO AS MAIS ACTIVAS
As mulheres espanholas (56%) e italianas (51%) são as que mais revelam sentir-se “sexualmente mais activas em férias fora de casa”, de acordo com o inquérito ‘Amor de Verão’ realizado no ano passado. Nos países onde foi realizado, a média de respostas positivas à mesma questão foi de 47%. No último lugar da tabela surgem as suecas, país onde apenas 36% das inquiridas disse sentir-se sexualmente mais activa nas férias do que ao longo do ano.
Quando, no âmbito do mesmo inquérito, a pergunta incide sobre a percentagem de mulheres que planeiam as necessidades contraceptivas antes de partir para férias, as mais cuidadosas revelam-se as holandesas (27%), logo seguidas pelas belgas (23%) e pelas espanholas (19%).
As italianas (12%) ficam abaixo da média (15%) e as suecas repetem o último lugar neste índice, com apenas 8% a prevenir-se contra gravidezes indesejadas ou doenças sexualmente transmissíveis. No que respeita a “esquecer-se” de tomar a pílula, as francesas (73%) parecem ser as mais descuidadas, com as holandesas (37%) no extremo oposto.

NOTAS
SEXO ANAL
Apesar de classificar de “muito conservadora” a sociedade portuguesa, o psicólogo Nuno Nodin defende que a “liberalização dos costumes” tem-se traduzido num “alargamento do repertório sexual”. De entre as novas práticas, refere o “sexo anal”, que, na sua opinião, e tal como o sexo oral, resulta do “mais fácil acesso à pornografia” na televisão por cabo.

'SWING'
Já habitual noutros países, o ‘swing’ (troca de casais) tem vindo a crescer em Portugal, por força dos clubes e encontros marcados pela internet. Nuno Nodin ressalva que “a crescente procura” destas práticas não implica que se tenham tornado “normas habituais”, mas sim que existe “maior abertura” para elas.

FETICHES
Segundo o sexólogo, “não há fetiches, ou práticas, típicas do Verão”. O psicólogo defende que a maior disponibilidade sexual existente nas férias “não vai mudar o tipo de práticas”.

PREGUIÇA E DESCULPAS
A maior disponibilidade para o sexo no Verão está relacionada com a existência de “mais tempo livre”. Isto porque “sexo é lazer, mas também implica esforço e investimento” e “em tempo de trabalho, as pessoas inventam desculpas e tornam-se preguiçosas na vida sexual”.

“SEXO É LAZER, MAS PEDE INVESTIMENTO”
Nuno Nodin, psicólogo especializado na área da Sexologia


Correio da Manhã – Por que é que as mulheres são sexualmente mais activas no Verão?
Nuno Nodin – Sexo é lazer, mas também pede esforço, tempo e investimento. É preciso haver mobilização para que aconteça. Em tempo de trabalho, as pessoas, mulheres e homens, tornam-se preguiçosas na sua vida sexual. Inventam desculpas, co-mo o cansaço, ou terem de levantar-se cedo.

– O Verão é também mais propício a novas experiências?
– Terá mais a ver com a liberalização dos costumes. Apesar de ainda existir muito conservadorismo em Portugal, há relatos de novas práticas, como o ‘swing’ [troca de casais], e o mais fácil acesso à pornografia, na televisão por cabo, tem ajudado a alargar o repertório sexual, como o sexo anal e oral.

– Pensava em práticas directamente relacionadas com o Verão...
– À partida, não diria que houvesse práticas diferentes. Poderá haver mais tempo livre e uma maior exposição do corpo. Mas não creio que uma pessoa mude as práticas que tem ao longo do ano por estar mais calor.

– A maior actividade tem só a ver com o tempo livre ou há alterações fisiológicas?
– O calor em si, e só por si, não favorece o aumento da vida sexual. Na espécie humana, e ainda bem, a sexualidade não é sazonal, nem está associada ao ciclo reprodutor. É uma evolução da espécie. Há oscilações de desejo dentro do ciclo menstrual da mulher, mas não são taxativas. É possível sentir desejo em qualquer momento do ciclo.

3 comentários:

Anónimo disse...
9:22 da manhã
 

desde que as namoradas continuem a querer so o sexo dos namorados...oh right baby...

Anónimo disse...
12:13 da tarde
 

Ah pois desde que não queiram sexo de mais ninguem.

Anónimo disse...
3:00 da tarde
 

resumindo ha cada vez mais put@s com doenças....