MEGALupa: Ainda bem que a ganza não tem vertigens!!!

Cortadas pelo gargalo, são quarenta garrafas que em vez de água só tinham terra e plantas em crescimento. A plantação de canábis estava no cimo de uma torre de 90 metros, no Parque das Nações, Lisboa, e na altura que a PSP fez o achado, segunda-feira, só lá estava um eslovaco. Tinha haxixe nas calças, mas disse à Polícia estar apenas “a ver as vistas da cidade”. Foi identificado e saiu em liberdade.
O segurança da torre, uma coluna de destilação desactivada, fazia a ronda do final da manhã, às 12h30, quando reparou no eslovaco, de 30 anos, “a descer a escadaria metálica da torre”, disse ao CM fonte policial.
Chamou a PSP dos Olivais que, minutos depois, ainda apanhou o estrangeiro no local. “Disse que estava ali apenas a ver as vistas da cidade”, mas agentes e segurança descobriram os 40 pés de canábis, “no cimo da torre” de 90 metros –, e só com uma auto-escada dos Sapadores de Lisboa foi possível “retirar as garrafas onde estava plantada a droga”.
Apesar de se ter descartado da situação, o eslovaco que fala mal português, “foi levado à esquadra de turismo”, nos Restauradores, onde a PSP tem um tradutor. Oficialmente só “está de férias em Lisboa” e “não tem antecedentes criminais”.
Nos bolsos, a PSP encontrou-lhe “algumas pedras de haxixe” e um rascunho amarrotado “com o nome de uma loja de venda de produtos agrícolas”, cuja ligação “ainda não foi possível apurar”.

"MONUMENTO" ENTREGUE À PARQUE EXPO
O logótipo laranja que se mantém no cimo da torre indica o símbolo da Galp, mas a empresa petrolífera está, há já mais de sete anos, “completamente desligada daquela coluna de destilação desactivada”, garante ao CM Miguel Tomé, porta-voz da Galp. A torre “está instalada na refinaria de Lisboa e, antes da Expo’98, foi entregue pela Galp à Parque Expo”. A Galp “patrocinou a sua recuperação” e é “um monumento” que, durante os meses da Expo’98, “esteve aberto ao público, com exposições de fotografia, por exemplo”. A segurança da torre é da responsabilidade da Parque Expo, cujos responsáveis não foi possível contactar até ao fecho desta edição.