quinta-feira, maio 04, 2006

Não gostamos de ser portugueses... culpa de quem?

A maior parte dos portugueses residentes no Continente não se interessa pelo País. O preço de um eventual "abandono", que implicaria a mobilidade da família e a procura de um novo emprego, tem evitado a sua emigração, conclui o estudo O poder da sedução de Portugal, desenvolvido pela TNS. Segundo os dados, a percentagem dos "não envolvidos" ronda os 85%, o que levou a empresa de estudos de mercado a concluir que "Portugal estaria em risco se fosse uma marca".
Portugal continua a ter atractivos, mas isso não significa que "os portugueses se queiram envolver no crescimento do País", disse ao DN Luís Simões, director-geral da TNS. De facto, o estudo indica que os portugueses são um dos povos mais pessimistas da União Europeia, já que 42% se sentem infelizes.
Os menos envolvidos - na sua maioria homens divorciados ou separados até aos 34 anos e que vivem em cidades - referiram que o clima, a segurança e a família são as principais vantagens de viver em Portugal. No entanto, criticam o elevado custo de vida e o estado do desenvolvimento de Portugal, apontando o Sistema Nacional de Saúde e o nível de desemprego como fortes desvantagens. Mais curioso é o facto de este grupo de inquiridos misturar harmoniosamente optimismo e pessimismo na sua forma de estar. Pessimismo só em relação ao País, porque a sua vida profissional e pessoal só pode manter-se... ou melhorar.
Os portugueses contactados em França e Espanha não serão a solução para o pessimismo. No entanto, querem estar com a família e são grandes patriotas, ponderando regressar a Portugal em 43% dos casos. Mas nem tudo é positivo. Habituados a um panorama socioeconómico diferente, consideram que os baixos salários, o sistema de saúde e o nível de vida em Portugal são motivos a pesar no retorno. Os envolvidos são apenas 15% do total. Se o País é atraente para o grupo anterior (emigrantes e estudantes até 24 anos), para este Portugal é o seu país. O perfil do segmento - mulheres viúvas de 45 a 60 anos com habitação em aldeias ou vilas - diz que é bom falar em português e viver num local seguro e de clima privilegiado. E 60% não vêem qualquer desvantagem em morar em Portugal.
O estudo analisa Portugal como se fosse uma marca e conclui que o País tem qualidades que devem ser estimuladas. Clima, segurança e lazer são alguns caminhos para o sucesso. Para os emigrantes, o segredo está em gerar emprego e melhorar o sistema de saúde. O director da TNS junta a estes ingredientes o amor pela marca. Mas para já se Portugal fosse mesmo uma marca Luís Simões "não investiria nela".

comentários:

Anónimo disse...
12:44 da manhã
 

ORGULHO EM SER PORTUGUES ... NUM PAÍS LINDO A BEIRA MAR PLANTADO ... ORGULHO LUSITANO DA BELA LINGUA DE CAMÕES ... PARA SER PORTGUES ! PORTUGAL AOS PORTUGUESES \O